Gente, um mal necessário ou um meio para chegar ao sucesso?
por Renato Fazzolari
O que você diria de uma empresa, que pelo fato de não estar recebendo reclamações dos produtos, achasse que não precisaria mais se preocupar e investir com os setores de Desenvolvimento e de Controle de Qualidade?
Com certeza essa empresa estaria dando um tiro no próprio pé, não é? Seria uma questão de tempo para ter problemas. As concorrentes agradeceriam essa vacilada, e com certeza logo estariam abocanhando uma saborosa fatia de seu mercado.
O mesmo, e com conseqüências muito mais graves, acontece com empresas que pensam da seguinte maneira:
"Não estamos tendo problemas de perder funcionários, então não precisamos nos preocupar com o fator humano."
Infelizmente esse não é um pensamento tão incomum nas empresas. É a forma acomodada de ver as coisas. É a falta de visão de achar que se não está ruim é porque está bom. Avaliam sua política de pessoal pela falta de rotatividade.
Oh! Santa ingenuidade!
As empresas de sucesso obrigatoriamente têm um quadro de pessoal ajustado, motivado e competente, enquanto que o principal fator das empresas fracassadas é geralmente o inadequado, desmotivado e incompetente quadro de pessoal.
Na frenética agilidade com que as coisas acontecem nos dias atuais, quem pensa em se dar ao luxo de, como dizem “dar um tempo e empurrar com a barriga”, e subestimar o fator humano, vai ficar pra trás rapidinho.
Só falar da boca para fora que os funcionários são o maior patrimônio da empresa, é tentar enganar os outros, e pior ainda, se auto-enganar. Pois os funcionários realmente são o maior patrimônio das empresas, são eles que vão determinar o sucesso ou o fracasso de qualquer empreendimento.
No cenário atual que se encontra o segmento sucroalcooleiro, saber captar e manter bons profissionais é vital, principalmente porque os resultados nem sempre aparecerão de imediato, porém obrigatoriamente serão sentidos nas safras seguintes. Por isso, contratar bem e manter os funcionários motivados poderá ser o fator determinante do lucro ou prejuízo no futuro.
Analise com seriedade se a política de pessoal que se está colocando em prática é a mais adequada e eficiente para as necessidades da empresa, e se está compatível com a realidade do mercado. Mas não pense somente a curto prazo, pense principalmente em relação ao futuro.
Ou será que vai querer dar um tempo e um tiro no próprio pé?
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